ANÁLISE CRÍTICA SOBRE AS ORAÇÕES DE CURA E LIBERTAÇÃO, POR PADRE ZEZINHO.


 Pe. Zezinho fez um alerta  sobre as orações de cura e libertação, que, em alguns contextos, podem ser mal compreendidas e mal apresentadas. Eis o que o sacerdote escreveu:“Fui desafiado a explicar a catequese de cura e libertação que vários segmentos das igrejas cristãs praticam. Para mim não é desafio. Eu as aceito, embora tenha restrições quando pregadores e fiéis as vivem sem o devido critério. Isto é norma da Igreja Católica. Na Bíblia como um todo e no Novo Testamento de maneira especial, a súplica, a bênção, a cura, a graça e o milagre para o físico e para o espírito humano estão claramente descritos e aceitos. Aconteciam! Não seria eu, sacerdote católico com mais 55 anos de estudos e prática, que negaria o poder do Deus Uno e Trino e a misericórdia do Senhor Jesus. Ele curava e libertava!”


Pe. Zezinho faz alerta sobre orações de cura e libertação

O sacerdote prosseguiu:“Mas explico a quem deseja ouvir minha catequese que, assim como há médicos que não sabem operar o cérebro nem o coração, mas sabem ajudar os doentes dos rins, dos dentes ou dos joelhos, também na fé nem todos os com o dom da cura estão igualmente aptos para operar qualquer cura interior. Poucos o têm!Se um piloto de aeronave, um surfista, um comandante de navio precisa de muitos anos de treino, também para lidar com angústias e dores de alma e de corpo, quem não foi preparado para isto não deve arriscar. O Espírito sopra quando, onde e em quem Ele quer. A decisão é d’Ele e não das igrejas ou movimentos.Quem arrisca sem ter o dom vai ferir ainda mais o fiel ou o paciente. Deus não me deu este dom, mas deu outros dons. Sou grato por eles, mas não finjo ter o dom das línguas nem o dom da cura interior. Só Deus sabe se alguém o tem.Tenho visto barbaridades no meio pentecostal, evangélico ou católico. Cristãos piedosos, mas despreparados, arriscam curas e libertações quando não têm espiritualidade nem estudos suficientes para conduzir tais intervenções, mesmo que usem o nome de Jesus (Mt 7,15; Mt 7, 21-25). Querer exercer o bem não é o mesmo que saber salvar um fiel em grande crise. São Paulo já sabia isto nos anos 50-60 do início da fé cristã. Nem todos têm carismas suficientes de cura e libertação.Quem arrisca sem ter este dom mais piora do que melhora! Tanto que muitos acabaram precisando de psicólogos e psiquiatras porque tais curas foram mal aplicadas. Perguntem isto aos bispos, conselheiros, confessores e médicos católicos”.

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