Pequena catequese sobre os simbolos da Páscoa - o Simbolismo dos Ramos

 


O simbolismo da “arvore” é muito forte na Bíblia: as árvores do paraíso, especialmente a “árvore do conhecimento do bem e do mal” e a “árvore da vida” (Gênesis 2,9; Apocalipse 2,7; 22,14) são símbolos da Torá (Lei).
O cedro do Líbano, a figueira, o carvalho e principalmente a videira, entre outras, muitas vezes simbolizam o povo de Israel.
Valor simbólico especial tem a oliveira: um ramo seu é o sinal de que acabou o dilúvio e a vida voltou à terra (Gênesis 8,11;9,1.7-11.) É de seu fruto que se extrai o azeite, óleo fundamental para a alimentação e a saúde, carregado também de um rico valor simbólico, como na unção de reis, profetas e sacerdotes.
Paulo fala da salvação dos pagãos comparando-os a uma “oliveira selvagem” que foi enxertada na oliveira boa, Israel (Romanos 11,16-24).
Os ramos desta procissão são uma metáfora da própria paixão, morte e ressurreição, na relação vida-morte-vida.
As árvores têm seus ramos verdes arrancados, o que simboliza a morte, pois esses ramos secarão; mas elas também os “doam” para servir ao Senhor da Vida.
Os vegetais, representados pelas árvores, foram dados a nós como alimento, são o nosso sustento, como tão bem nos diz o Gênesis.
De certa forma, então, eles “morrem” para que nós tenhamos vida!

Fonte: Vida Celebrada - formação litúrgica


Fernando Vanini de Maria

 

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