OS NOVISSÍMOS

 




Os "Novíssimos" referem-se a temas espirituais relacionados ao destino eterno da alma humana após a morte. Esses temas têm sido uma parte importante da teologia cristã e são comumente vistos nas religiões que acreditam em uma vida após a morte.

Os quatro "Novíssimos" principais são:

  1. Morte: A morte é o fim da vida terrena e o momento em que a alma se separa do corpo. É o primeiro dos "Novíssimos" e leva a questões sobre o que acontece com a alma após a morte física.

  2. Juízo: O julgamento é a crença de que após a morte, as almas de todas as pessoas serão experimentadas a um julgamento divino, onde suas ações, crenças e intenções durante a vida serão avaliadas. Dependendo desses julgamentos, a alma pode ser enviada para o Céu, para o Purgatório (em algumas tradições cristãs) ou para o Inferno.

  3. Inferno: É um estado de certeza eterna, reservado para aqueles que escolhem livremente se afastar de Deus e viver em desobediência aos seus ensinamentos. Nação cristã tradicional, o Inferno é um lugar de sofrimento e separação de Deus.

  4. Céu: É o estado de bem-aventurança eterna reservado para aqueles que vivem de acordo com a vontade de Deus e aceitam a salvação através da fé em algumas religiões. O Céu é visto como um lugar de comunhão perfeita com Deus e a felicidade suprema.

Os "Novíssimos" desempenham um papel significativo na teologia de São Tomás de Aquino, um dos teólogos e filósofos mais influentes da tradição católica. São Tomás baseou sua compreensão dos "Novíssimos" em uma abordagem filosófica e teológica conhecida como Tomismo.

De acordo com São Tomás, os "Novíssimos" são temas importantes que refletem a natureza da vida humana e a busca pela salvação. Eles abordam temas em sua Summa Theologiae, uma das obras mais conhecidas do pensador.

São Tomás ensinava que a morte é o fim da vida terrena e que a alma, separada do corpo, continua a existir após a morte. Ele acreditava no julgamento particular, onde a alma individual é julgada imediatamente após a morte com base em suas ações e orientação moral durante a vida.

Sobre o destino das almas após o juízo particular, São Tomás ensinava que aqueles que morrem em estado de graça e em comunhão com Deus são destinados ao Céu, onde desfrutam da visão beatífica de Deus. Aqueles que morrem em estado de pecado mortal, sem arrependimento, são destinados ao Inferno, onde sofrem a eterna separação de Deus. São Tomás também falou sobre a possibilidade de um estado intermediário de purificação chamado Purgatório, onde as almas são purificadas antes de entrar no Céu.

A abordagem de São Tomás em relação aos "Novíssimos" é profundamente enraizada em sua teologia do amor e da graça divina. Ele enfatizava a importância de viver uma vida virtuosa e buscar a união com Deus como o caminho para a salvação eterna.

Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, foi um influente teólogo e filósofo cristão dos primeiros séculos. Ele abordou os "Novíssimos" em sua obra teológica e filosófica, especialmente em suas obras "A Cidade de Deus" e "Confissões".

De acordo com Santo Agostinho, os "Novíssimos" têm um papel fundamental na compreensão da vida humana e da busca pela salvação. Ele também tratou desses temas em relação à sua visão sobre a natureza do pecado, a graça divina e a relação entre o tempo e a eternidade.

Santo Agostinho ensinava que a morte é uma consequência do pecado original e uma realidade inevitável para todos os seres humanos. Ele acreditava que a alma humana é imortal e que, após a morte, a alma é imediatamente julgada por Deus.

Em relação ao julgamento, Santo Agostinho afirmava que as ações e as intenções das pessoas durante a vida são examinadas por Deus, e as almas são recompensadas ou punidas de acordo com sua relação com Deus e sua adesão à verdade.

Santo Agostinho descreveu o Inferno como um estado de separação eterna de Deus e uma privação da felicidade suprema. Ele via o Céu como uma comunhão perfeita com Deus e uma participação na vida divina.

Santo Agostinho também discute a possibilidade de um estado intermediário de purificação chamado Purgatório, onde as almas são purificadas antes de entrar no Céu. Ele concebia o Purgatório como um processo de purificação e expiação que permitiria às almas serem preparadas para a visão beatífica de Deus.

É importante mencionar que, assim como em outras áreas da teologia, existem diferentes interpretações e emoções dentro do pensamento de Santo Agostinho em relação aos "Novíssimos". Suas visões foram influentes ao longo da história da teologia cristã e continuam a ser objeto de estudo e discussão nos dias de hoje.

Santo Irineu, também conhecido como Irineu de Lyon, foi um importante teólogo e escritor cristão dos primeiros séculos da era cristã. Embora ele tenha escrito extensivamente sobre várias questões teológicas, sua obra mais conhecida é "Contra as Heresias" (ou "Adversus Haereses"), na qual ele refuta as doutrinas gnósticas e defende a ortodoxia cristã.

Embora a obra de Santo Irineu não seja centrada especificamente nos "Novíssimos", ele tratou de temas relacionados à escatologia cristã, incluindo a ressurreição dos mortos e a vida eterna.

Santo Irineu defende a crença na ressurreição dos corpos no final dos tempos. Ele acreditava que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, todas as pessoas seriam ressuscitadas e receberiam corpos glorificados para viver eternamente com Deus.

Em relação à vida eterna, Santo Irineu ensinava que a salvação é alcançada por meio da fé em Jesus Cristo e da participação nos sacramentos da Igreja. Ele afirmava que os justos desfrutariam da comunhão com Deus e viveriam em paz e alegria eterna.

Embora os escritos de Santo Irineu não tenham fornecido uma exploração detalhada dos "Novíssimos" como um conjunto de temas específicos, suas obras ajudam a moldar a teologia cristã primitiva e a compreensão da escatologia cristã em geral.

Santo Afonso Maria de Ligório foi um bispo, teólogo e escritor italiano do século XVIII, conhecido por sua contribuição significativa para a teologia moral e a devoção cristã. Ele escreveu extensivamente sobre uma variedade de assuntos teológicos, incluindo os "Novíssimos".

Santo Afonso abordou os "Novíssimos" em sua obra intitulada "Preparação para a Morte" (ou "Preparazione alla Morte" em italiano), que é considerada uma das suas obras mais conhecidas. Nessa obra, ele trata dos temas da morte, do juízo final, do céu, do inferno e do purgatório.

Santo Afonso enfatizou a importância de se preparar para a morte e a eternidade. Ele defendeu a necessidade de uma vida virtuosa, do arrependimento e da confissão sacramental como meios de alcançar a salvação e evitar a salvação eterna.

Em relação ao julgamento final, Santo Afonso ensinava que todas as pessoas serão experimentadas a um julgamento divino no final dos tempos, onde suas ações e motivações serão avaliadas por Deus. Ele enfatizava a importância de buscar a reconciliação com Deus durante a vida para estar preparado para esse julgamento.

Quanto ao destino final das almas, Santo Afonso ensinava que aqueles que vivem em estado de graça e morrem em amizade com Deus são destinados ao céu, onde desfrutaram da visão beatífica de Deus. Aqueles que morrem em estado de pecado mortal, sem arrependimento, são destinados ao inferno, onde sofrem uma eterna separação de Deus. Ele também falou sobre o purgatório como um estado temporário de purificação para aqueles que morreram em estado de graça, mas precisam ser purificados antes de entrar no céu.

A obra de Santo Afonso Maria de Ligório sobre os "Novíssimos" teve um impacto significativo na devoção e na reflexão espiritual dos fiéis católicos, oferecendo orientação prática sobre como viver uma vida virtuosa e se preparando para a eternidade.


Fernando Vanini de Maria


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