Como todos nós sabemos, somos seres totalmente pecadores. A cada instante, a cada piscar de olhos, cometemos nossos deslizes. O pecado original deixou em nós uma raiz muito profunda do mau, pois ele é tudo aquilo que não vem de Deus. Pecamos quando restringimos as leis dos mandamentos e fazemos Deus descontente com Seus filhos.
Em 1 Cor 3,16-17, São Paulo nos ensina que somos templos vivos do Espírito Santo, ou seja, o próprio Deus mora em nós. Vamos partir para um exemplo mais simples: Nós, quando recebemos uma visita em nossa casa, tentamos mantê-la limpa, para que todos os visitantes possam se sentir confortáveis e satisfeitos. O mesmo deve acontecer com nosso Pai Celeste, quando O recebemos na Eucaristia ou em nosso dia a dia, devemos manter o nosso corpo, que é Templo do Espírito Santo, limpo de toda sujeira vinda do demônio. Essa sujeira, como todos sabem, é o pecado. Mas como posso cuidar do meu corpo, que é Templo do Espírito Santo?
É por meio do sacramento da confissão que fazemos uma verdadeira ‘faxina’ em nosso interior. Vamos, agora, saber um pouco mais sobre esse sacramento tão importante. A confissão é um sacramento de cura (junto com o sacramento da unção dos enfermos), através dele obtemos o perdão de nossos pecados por maior que seja.
Mas para obter esse perdão, existem condições importantíssimas que sem elas nenhum pecado pode ser absolvido: o arrependimento, o exame de consciência e o propósito. O arrependimento é quando estamos convincentes de nossas faltas, ou seja, temos toda certeza que erramos e não deveríamos fazer o que fizemos. O exame de consciência é quando estamos conscientes de nossos pecados. Devemos sempre, antes do sacramento, realizar, em ritmo de oração, um exame de tudo o que fizemos de errado desde a última vez que recebemos o sacramento.
O propósito é que, ao sairmos do confessionário, decidamos tentar não cometer os mesmos pecados que foram cometidos e dos quais nos arrependemos. Essa condição é muito importante, pois não adianta nada nos arrependermos e cometermos os mesmos pecados. Devemos buscar a santidade que Jesus pediu a todos.
Existe uma dúvida que vive na cabeça de muitos fiéis: Por que devo me confessar com o sacerdote, se posso diretamente me confessar com Deus?
A resposta é bem simples, o próprio Jesus deu a Seus apóstolos o poder de perdoar os pecados: “Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.’ (Jo 20,23). Os sacerdotes que perdoam os pecados, nos dias de hoje, são instrumentos de Deus para que seus pecados sejam absolvidos. É o próprio Deus naquele momento dizendo a você: ‘Meu filho, os seus pecados estão perdoados. Vá em Paz!’.
O cristão tem um compromisso com a Igreja muito importante: deve-se confessar pelo menos uma vez por ano. Esse compromisso que falo é um dos cinco mandamentos de nossa Igreja. Tudo o que você leu serve para que você saiba e encontre na confissão a cura dos seus pecados.
É lindo e agradabilíssimo para o cristão sair do confessionário com o coração leve e pronto para começar tudo de novo. Pode ser comparado a um vaso que foi quebrado e restaurado novamente, e dado a ele um brilho novo de alegria e vida em Cristo Jesus.
Fernando Vanini de Maria