PENTECOSTES, COMO SOFRERAM OS APÓSTOLOS.


 A pregação dos Apóstolos trouxe ainda mais pessoas para a comunhão dos seguidores de Cristo. Ela também atraiu a atenção das autoridades, que responderam aprisionando os Apóstolos, “Mas um anjo do Senhor abriu de noite as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, disse-lhes: ‘Ide, apresentai-vos no templo e pregai ao povo as palavras desta vida’” (Atos 5,19-20).

Os Apóstolos retornaram à área do templo e continuaram a contar às pessoas acerca do Senhor Jesus. Quando o sumo sacerdote ouviu isso, ele os teve trazidos de volta à sua presença. E, então, “o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: ‘Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome.’” (Atos 5,27-28).

São Pedro respondeu pelos outros Apóstolos com palavras que seriam ecoadas por incontáveis Cristãos desde então: vós dizeis “fique quieto”, mas Deus diz “Sê minha testemunha”. Claramente, “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens” (v.28). Os Apóstolos foram agredidos e lhes foi ordenado que não falassem no nome de Jesus. Nós lemos como os Apóstolos se rejubilaram “por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas” (vv.41-42).

Desde então, cristãos têm tido de fazer escolhas semelhantes, pois a Igreja tem sido oprimida em todos os lugares, mais cedo ou mais tarde, onde tentou espalhar o Evangelho. Pessoas enfrentaram a tortura, a perda de suas propriedades, a aprisionamento; tudo isso para não negarem Cristo. Começando pelo primeiro mártir, Santo Estevão (cf. Atos 6,8-7.60), eles também deram suas vidas.

Nos últimos cem anos, os Cristãos têm experimentado onda após onda de perseguição em larga escala: no Império Otomano, na União Soviética, na África e no Oriente Médio. Na Europa e na América alguns fiéis experimentaram discriminação por causa de sua fé ou até mesmo por terem escolhido carregar crucifixos em seus pescoços publicamente. Mas, como os Cristãos já haviam dito nos dias primeiros da Cristandade: a perseguição é como a água para o jardim que é a Igreja, tornando-a capaz de aprofundar seu comprometimento para com Cristo, seu Senhor.


Fernando Vanini de Maria

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